“Os novatos que se apresentam como postulantes a prefeitura de Tarauacá.”
Análise econômica das propostas!
Dizer que o Agro negócio não é importante, seria uma grande falácia da minha parte, porém não podemos fugir da nossa realidade de pequenos agricultores, extrativista e na grande maioria pequenos e médios pecuaristas que não podem ser confundidos, nem de longe como representantes do Agro negócio aqui em nosso Município, como estão querendo introduzir isso na cabeça da nossa população.
Então, veremos a verdade disso tudo a partir da explanação das características do Agro negócio:
I – O Agro negócio representa os latifundiários (grandes proprietários de terra) com grande concentração de terra em mãos de poucos agricultores; conseqüentemente os ricos com grande poder de investimento de capital, enquanto isso 90% dos nossos agricultores possui propriedades que variam de 15 a 100 hectares, e na sua maioria de classe média baixa com baixo poder de investimento de capital. E a pergunta que se faz é essa?
Qual desses 90% dos pequenos agricultores teria condições de comprar um trator que chega mais de R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais)? Caso o nosso relevo permitisse a mecanização em mais de 50% das nossas áreas cultiváveis.
II – E até a CARTEIRA bancaria para investimento do Agro negócio tem suas regras e limitações, onde a maioria expressiva dos nossos produtores rural não se encaixaria.
III – O Agro negócio se destaca pela grande produção agrícola do tipo monocultura para exportação, ou pecaria usando uma mecanização pesada tanto para agricultura, como para o campo, com o contraponto do baixo emprego da mão de obra substituída pelas maquinas.
Olhando para o relevo de Tarauacá, sabemos que não é adequado, tornando-o impossível para mecanização, já que não temos aqui relevo de planície e nem de planalto indicados para mecanização.
Portanto afirmo que a nossa realidade no setor primário não condiz com o que esta sendo pregado diante dos fatos supracitados, ou seja, as características do Agro negócio.
Diante da nossa realidade, o certo seria a Agricultura familiar, não essa de subsistência que temos aqui, porém outra com uma boa organização com políticas econômica e social, a partir das políticas publicas direcionadas para uma produção de mercado rural capaz de movimentar o setor de exportação, assim como também provocar o surgimento da agroindústria gerando emprego, renda, arrecadação de imposto para o município e entrando dinheiro novo em nossa economia, pois não é só o Agro negocio que é capaz de exportar. A agricultura familiar, dentro do contexto da economia solidaria também pode fazer isso, desde que seja incentivado e organizado pelo poder publico dando as condições idéias e necessárias para tanto.
Porém ainda temos pré candidatos que embora tenha colocado o seu nome para o executivo, mas ainda não disse pra que veio.
Portanto não poderei aqui fazer uma analise socioeconômico das suas propostas, já que elas se existem, não foram postas para a população. Há não ser alertar que o eleitor dificilmente vai dar um pulo no escuro.
Professor Edison Menezes - Economista graduado pela UFAC.
Próxima matéria: “A VELHA E CANSADA POLÍTICA DO JOÃO DE BARRO”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário