quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

COLUNA DO EVANDRO Se acontecer em 2024 aquilo que lideranças do MDB preveem, a configuração política do Acre muda geral

Por Evandro Cordeiro


Os ‘cabeças brancas’ do MDB contam como certo o arremate das três principais prefeituras do Acre em 2024, Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Brasileia. Faturam a capital com Marcos Alexandre; a principal cidade do Alto Acre com Leila Galvão; e a capital do Juruá com Jessica Sales. Para quem terminou as últimas eleições por aqui do tamanho de um canapum, poder vislumbrar um horizonte tão magnífico por si só é uma mudança e tanto. A questão é que a estrada não está tão piçarrada assim como o grupo considera. Na disputa pela cadeira de Bocalom, por exemplo, além do próprio Boca, que tem melhorado nas pesquisas e tem um rosário de obras pra tocar até o próximo verão, eles enfrentarão outra pedreira, a candidatura apoiada pelo Governo, com o Alysson Bestene na cabeça da chapa. Além doe dois obstáculos naturais acima citados, Marcos Alexandre ainda tem que enfrentar a pecha de ser candidato do PT, apenas filiado no MDB. No Juruá, Vagner Sales, ex-prefeito e pai da ex-deputada Jéssica Sales, portanto o protagonista, vai ter dois duros oponentes, o prefeito Zequinha Lima (PP), com uma tropa de apoio que poucos terão em 2024, inclusive com a presença do governador Gladson Cameli em seu palanque, e o fato de ser Jéssica a candidata do Lula. O senador Márcio Bittar (UB) inclusive sugere que eles, os Sales, levem o presidente e o apresentem em seu palanque, onde a rejeição dele é a maior do País. Tudo isso em função dos Sales terem se fermentado politicamente na onda do antepetismo. E em Brasileia, a suave Leila Galvão, que fez sim um bom mandato, quando administrou o município ha 10 anos, vai encarar ninguém menos que o grupo da atual prefeita, Fernanda Hassem (ainda sem partido), festejada há cinco anos como a melhor prefeita do Acre e, claro, da história da região. Como se pode conjecturar, o caminho é estreito para os emedebistas de cabo a rabo. Por essa razão, se o MDB conseguir as três façanhas, pode o Acre se preparar para viver uma nova configuração política, com destaque para a disputa de 2026. O que se desenha hoje nas rodas onde se fala de política, com nomes como Alan Rick, Mailza Assis, Nicolau Júnior, Socorro Neri e etc…, se dilui. Será a volta apoteótica dos ‘cabeças brancas’ ao protagonismo na política do Estado, desde os governos de Nabor Júnior e Flaviano Melo.

Saudade do Bozo
Muitos prefeitos, acreditem, estão com saudades do Bolsonaro, que empanturrou os municípios de grana. A queda no FPM na era Lula emagreceu prefeito que andava gordo.

Narrativa
A esquerda corrupta que domina o sistema político brasileiro está estrumando a imprensa para que ridicularize a participação do ex-presidente Bolsonaro na posse de Milei na Argentina. Começa leve, chamando a direita de extrema direita, depois parte para os impropérios. E muitos “pobres”, de quem essa extrema esquerda corrupta diz ser pai, ainda caem na lábia retórica da caterva.

Saúde, Segurança e Educação
Não reconhecer que as secretarias de Educação e Saúde, além da de Segurança, vivem seus melhores momentos das últimas décadas é ma fé braba. Além dos secretários serem bons, eles navegam em boa maré porque o governador Gladson Cameli (PP) caprichou nos investimentos. Vale lembrar que as organizações sindicais ligadas à essas pastas são cricris que infernizam qualquer governo, inclusive os que apoiavam, da frente popular. Hoje não vivem satisfeitos cem por cento, mas reconhecem o esforço.

Bom negociador
Além do bom trabalho dos secretários Aberson Carvalho, na Educação, Pedro Pascoal, na Saúde, e coronel Gaya, na Segurança, o governador Gladson Cameli se mostrou um exímio negociador de crises. Todas as vezes que os sindicatos se levantaram, ele apagou o fogo.

Padre esquerdista
Que o padre Massimo Lombardi é militante de esquerda até o sacristão sabe. Isso não invalida a crítica que ele fez pela ausência de um presépio em meio às luzes de Natal no centro de Rio Branco. Toda gestão precisa ter seus críticos. O prefeito Tião Bocalom (PP), por exemplo, amanheceu nesta terça-feira a procura de ao menos uma gravura do menino Jesus.

Fim da briga
Acho que o bom senso precisa prevalecer para que essa briga entre os Câmara e os Moraes seja aplacada, antes que termine em coisa ruim. Não estamos mais na época do sertão nordestino, onde famílias se acabavam nesse tipo de treta.

Em 2024 muda
Depois que o ponteiro dos relógios marcarem as primeiras horas do ano de 2024, muito do que foi dito em 2023 poderá valer, em relação a alianças políticas e pré-candidaturas. Na verdade, as verdadeiras parcerias passarão a ser celebradas de verdade depois do Carnaval. O PP faz três.


Em Plácido de Castro o vereador Dim vai para a reeleição pelo PP, num sequência de oito mandatos dentro da casa dele, seis dos quais tirados pela mulher, a ex-vereadora Jameslene. Como conhece a política do Vale do Abuna como poucos, Dim crava que o atual prefeito, Camilo da Silva (PP), se reelege e seu partido elege três vereadores.

Por acrenews

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